As líbélulas vão na beira do mar para morrer.
Descobri isso na semana passada, na praia. É estranhamente agradável estar só numa praia imensa e vazia. É possível observar coisas que passam despercebidas quando se está no meio do turbilhão se seres humanos.
Sempre vi libélulas na beira do mar, mortas, sendo devoradas por pequenos seres da areia molhada. Mas desta vez notei várias libélulas ainda vivas pousadas na areia, perto da água. Inicialmente pensei que estariam ali pelo calor da areia, o que era um risco grande por ficarem ao alcance das línguas das ondas e dos tais micro-crustáceos carnívoros. Meu raciocínio já estava construindo uma hipótese de mecanismo de seleção natural, eliminação de mais fracos e coisas assim, quando percebi que as libélulas estavam vivas, mas em fase terminal. Todas voltadas para o mar e imóveis. Tomei uma delas na mão e a coloquei pousada em meu dedo: ela abriu as asas como se fosse voar mas não o fez. Depois tentou e foi para o chão. Estava no fim.
Que propósito as trazia ali? O mar sempre me atraiu como um local de renascimento, de revigoração de minhas forças interiores. Sempre tive fascínio pelo oceano e mantenho íntimas relações com ele. Para mim é um outro universo, pulsante de vida e de belezas, onde mergulho fundo em busca de sensações e de novas experiências. É um lugar onde gosto de estar sozinho, para pensar e sentir que estou vivo. Teriam as libélulas uma atração semelhante? Estariam elas em busca de um renascimento, também?
Hoje pesquisei na net e soube que as libélulas vivem aproximadamente dois meses nessa forma alada, após suas inúmeras metamorfoses anteriores, que podem durar quase cinco anos. São dois meses de intensa vida e não me arrisco a afirmar que seja um tempo curto. Talvez elas venham para o mar para sua derradeira metamorfose. Ou talvez apenas saibam algo que não sabemos sobre os mistérios da morte e do mar.
Descobri isso na semana passada, na praia. É estranhamente agradável estar só numa praia imensa e vazia. É possível observar coisas que passam despercebidas quando se está no meio do turbilhão se seres humanos.
Sempre vi libélulas na beira do mar, mortas, sendo devoradas por pequenos seres da areia molhada. Mas desta vez notei várias libélulas ainda vivas pousadas na areia, perto da água. Inicialmente pensei que estariam ali pelo calor da areia, o que era um risco grande por ficarem ao alcance das línguas das ondas e dos tais micro-crustáceos carnívoros. Meu raciocínio já estava construindo uma hipótese de mecanismo de seleção natural, eliminação de mais fracos e coisas assim, quando percebi que as libélulas estavam vivas, mas em fase terminal. Todas voltadas para o mar e imóveis. Tomei uma delas na mão e a coloquei pousada em meu dedo: ela abriu as asas como se fosse voar mas não o fez. Depois tentou e foi para o chão. Estava no fim.
Que propósito as trazia ali? O mar sempre me atraiu como um local de renascimento, de revigoração de minhas forças interiores. Sempre tive fascínio pelo oceano e mantenho íntimas relações com ele. Para mim é um outro universo, pulsante de vida e de belezas, onde mergulho fundo em busca de sensações e de novas experiências. É um lugar onde gosto de estar sozinho, para pensar e sentir que estou vivo. Teriam as libélulas uma atração semelhante? Estariam elas em busca de um renascimento, também?
Hoje pesquisei na net e soube que as libélulas vivem aproximadamente dois meses nessa forma alada, após suas inúmeras metamorfoses anteriores, que podem durar quase cinco anos. São dois meses de intensa vida e não me arrisco a afirmar que seja um tempo curto. Talvez elas venham para o mar para sua derradeira metamorfose. Ou talvez apenas saibam algo que não sabemos sobre os mistérios da morte e do mar.
3 comentários:
Incompleta mente? Louca mente? Solitária mente? Fria mente? Feliz mente? =))) Beijocas
Achei bonito: "pensaventos, sentiventos e outras brisas..."
=)))))
Gus, simplesmente lindo, lindo. Putz, amei.
at
19/04/08 00:17
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